terça-feira

Aula 2 - Meteorologia aplicada a incêndios florestais

Leitura do capítulo 2 do livro texto. Obs: Alguns tópicos do livro não são necessários e isso está indicado no GUIA DE ESTUDO.

Nessa postagem é apresentado um resumo dos slides mostrados em aula:

INTRODUÇÃO

METEOROLOGIA: Ramo da física aplicada que estuda os fenômenos atmosféricos.


No caso dessa disciplina, vamos focar nas condições meteorológicas associadas à ocorrência de incêndios.
A. Radiação solar
B. Pressão atmosférica
C. Temperatura
D. Umidade atmosférica
E. Vento e massa de ar
F. Nuvens e Precipitação


A. RADIAÇÃO SOLAR

ENERGIA PROVENIENTE DO SOL RECEBIDA PELA TERRA SOB FORMA DE ONDAS ELETROMAGNÉTICAS
--> Mais importante das variáveis meteorológicas
--> Principal responsável por todas as variações de tempo e clima na superfície da terra


Quantidade de energia solar varia de acordo com:
- latitude;
- nebulosidade;
- declinação do sol;
- altura do sol; e
- fotoperíodo.

Declinação do sol: Distância angular do Equador ao paralelo do astro. Pode ser norte ou sul consoante o Sol esteja acima ou abaixo do Equador.
 




                                - Equinócio de primavera e outono, δ= 0
                                - Solstício de verão, δ = -23º27’
                                - Solstício de inverno, δ = 23º27’



Altura do sol:
- Sol culmina ao meio-dia
- Altura máxima do sol:

Fotoperíodo: Intervalo entre o nascer e o pôr do sol.
Quanto > a latitude > a amplitude entre a duração do dia no solstício de verão e inverno.
EXEMPLO: Porto Alegre (lat. 30o S) --> fotoperíodo = 10h12min (15/06) e 14h06min (15/12)



B. PRESSÃO ATMOSFÉRICA



Essencial para determinar movimentação das massas de ar e dos ventos;
Bom indicador de mudanças de tempo:
Ex.: Local com pressão alta que começa a cair rapidamente --> Chuva



C. TEMPERATURA: Grau de calor de uma substância medido em uma escala finita.
Ar e material combustível: afeta direta e indiretamente a probabilidade de ocorrência e o potencial de propagação de incêndios florestais.

Curva de variação típica da temperatura do ar, a 2m do solo, no decorrer do dia.



Fatores que influenciam a temperatura:

- Tipo de cobertura do solo;
- proximidade de edifícios ou árvores;
- relevo; e
- altura em relação ao solo.


D. UMIDADE ATMOSFÉRICA
Elemento chave na determinação das condições de potencial de incêndio.
► forma gasosa (vapor)
► forma líquida (gotículas)
► < temperatura: < umidade
► Dependência da temp.: umidade relativa

UMIDADE RELATIVA: Razão entre conteúdo de vapor d’água do ar e quantidade de vapor d’água que ar pode reter naquela temperatura.


► UR = 50%
     O ar está retendo 50% do vapor d’água
     que ele poderia reter naquela temperatura
► UR = 100%
     O ar está saturado de vapor d’água
      (névoa úmida, nevoeiro e nuvens)

PONTO DE ORVALHO: Temperatura na qual o ar, resfriado sob pressão constante, torna-se saturado.



E. VENTOS E MASSAS DE AR


VENTOS relativamente previsíveis:
► gerados por condições relacionadas à topografia e proximidade de massas de ar;
► Ventos diurnos próximos a lagos e  açudes

► Ventos diurnos (brisas marinhas ou lacustres)

  • ar aquecido da terra expande e sobe. O ar sobre o mar se desloca p/ a terra p/ ocupar o espaço deixado
  • O processo reverte à noite (brisa terrestre)


► Ventos de montanha
 Ventos de encosta se deslocando por canions isolados se juntam em um sistema que abrange todo o vale.

► Ventos de Vale
 Ocorrem durante o dia e se formam à medida q/ aquecimento da zona mais baixa faz com que o ar quente suba pela encosta

ESCALA DE BEUAFORT
- Sir Francis Beaufort (1774-1857)
- escala de 0 a 12, (aspecto do mar em consequência da velocidade dos ventos.
- Posteriormente, esta tabela foi adaptada para a terra.


MASSAS DE AR



F. NUVENS E PRECIPITAÇÃO

A distribuição e quantidade da precipitação são importantes fatores na determinação do início, duração e fim da época ou estação de maior perigo de incêndio.

NUVENS: Conjunto visível de gotículas de água líquida e/ou congelada em suspensão na atmosfera.

- Cirrus: aspecto plumoso;
- Stratus: nuvens em forma de camadas;
- Cumulus: nuvens de desenvolvimento vertical.





PRECIPITAÇÃO: Resultado de um avançado estado de condensação do ar atmosférico.
Formas de precipitação:
Chuva (≥ 0,5 mm),
Chuvisco (< 0,5 mm),
Granizo (2 a 5mm),
Saraiva (≥ 5mm; pode chegar a 50mm);
Neve.

TIPOS DE CHUVA: DEPENDE DA LATITUDE, ESTAÇÃO DO ANO, TEMPERATURA, TOPOGRAFIA E MOVIMENTO DAS MASSAS DE AR.

Existem TRÊS TIPOS DE CHUVA dependendo do mecanismo que produz o resfriamento adiabático* da massa de ar úmido.


*Resfriamento adiabático: processo de resfriamento e condensação para formação das chuvas.

► CHUVA CONVECTIVA
► chuvas de verão (trópicos e subtrópicos)
► intensa evapotranspiração de superfícies úmidas e aquecidas (florestas, cidades e oceanos tropicais).
► O ar ascende em parcelas de ar que esfriam durante a ascensão
► Formação de nuvens e a consequente precipitação.



► CHUVA OROGRÁFICA
► de relevo
► ascensão de ar que circula sobre a superfície terrestre
► ascende porque se depara com uma superfície montanhosa.
► ar esfria e forma vapor de água e a consequente precipitação.



► CHUVA CICLÔNICA
► áreas de baixa pressão atmosférica sobre o oceano;
► ar quente/úmido sobe formando área de baixa pressão;
► ar q/ sobe, se resfria e forma precipitação caindo no oceano.



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